Heitor Humberto de Andrade (Wikipédia)
artes visuais
música
editora
audiovisual
opinião do leitor
nome
cidade / estado
e-mail
opinião
O AUTOR
 
Heitor Humberto de Andrade é poeta e jornalista. Jornalista pela fome, poeta pela sede. Publicou Corpos de concreto (1964), Sigla viva (1970), 3x1, a matemática do poema (1978) — que, além dos dois anteriores, traz o inédito Probabilidade do jogo —, Nas grades do tempo (1994), Minha moldura é o Universo (2012) e O cão selvagem (2013). Mentor intelectual e espiritual desta editora, comandou, no final dos anos 60 e início dos 70, juntamente com o artista plástico Sami Mattar, o movimento cultural Sigla Viva, que promoveu a integração da sensibilidade humana com a artística.
ORELHA
 
A Siglaviva tem a honra de trazer para o leitor a edição comemorativa de 50 anos de Corpos de concreto, editado em 1964, às portas do golpe militar, pela Imprensa Oficial da Bahia, órgão à época sob a direção do professor Germano Machado, que aqui nos brinda com uma apresentação especialíssima.
 
Germano Machado, além da nobre atitude de apostar num poeta iniciante, foi o responsável por salvar 100 exemplares da edição, que acabaria sendo queimada lá mesmo, no pátio da Imprensa. E foi por isso — pelo ato corajoso de um homem que, naqueles idos, havia sido equivocadamente tachado de reacionário pelos meios de comunicação — que esta edição comemorativa se torna agora possível.
 
Homenageamos aqui, então, não somente Heitor mas também Germano. Após décadas sem se ver, eles se reencontraram em janeiro deste ano em Salvador, mediados pela produtora cultural e atriz Tina Tude. O reencontro — Heitor com 76 anos e Germano com 87 — reacendeu a importância de Corpos de concreto para a literatura baiana e brasileira e rememorou a conjuntura política que o tornou o primeiro livro no país a entrar para o índex da ditadura militar.
 
Na verdade, Heitor sofreu em sua carreira literária por um motivo apenas: por se desvencilhar tanto da direita como da esquerda, optando por uma politização fora dos eixos delimitados. Heitor sempre foi do partido da poesia, da cosmopoética, totalmente libertário e sem dogmas. E, assim, acabou por prever — não sei se utilizando as cartas do tarô — a morte da ideologia no país, uma morte que hoje é ilustrada pelo próprio panorama político. Mas e a poesia? A poesia — vale dizer —, apesar de parecer o contrário, não morreu; nunca morrerá.
 
Deleitem-se, então, com ela, com a poesia inaugural de Heitor Humberto de Andrade — ou, simplesmente H2A, como ele prefere ser chamado —, poesia merecidamente festejada nestes 50 anos de sua primeira publicação.
 
Renato Cunha
preço
R$ 30,00
 
assunto
poesia
 
capa
Renato Cunha
 
páginas
112
 
formato
13,5 x 20,5 cm
 
acabamento
brochura
 
lançamento
11/12/2014
 
isbn
978-85-66342-09-3
HEITOR HUMBERTO DE ANDRADE
CORPOS DE CONCRETO