QUARTA CAPA
Figura importante da cena cultural de Brasília desde os anos 1980, Fernando Marques é notadamente um homem de teatro. Escritor, compositor, jornalista, professor, o teatro o provoca, a dramaturgia, os musicais, a história, a crítica.
Com A província dos diamantes, reunião de textos escritos entre 1996 e 2015 e publicados, em sua maioria, em cadernos de cultura de jornais do país, Fernando mostra que ainda é possível pensar o teatro fora dos limites acadêmicos, o que é fundamental para a formação do público e para o diálogo com o meio, aberto e produtivo. Eis um daqueles admiráveis livros em que arte e pensamento aparecem indissociáveis, assim como indissociáveis são teatro e palco.
Abram-se as cortinas. Com vocês, A província dos diamantes, estrelando Ésquilo, Sófocles, Eurípides, Plauto, Shakespeare, Molière, Goethe, Lenz, Schiller, Martins Pena, Ibsen, Arthur Azevedo, Tchekhov, Stanislavski, Pirandello, Meyerhold, Oswald de Andrade, Oduvaldo Vianna, Maiakovski, Artaud, Brecht, García Lorca, Procópio Ferreira, Beckett, Ionesco, Nelson Rodrigues, Arthur Miller, Dias Gomes, Suassuna, Boal, Grotowski, Guarnieri, Eugenio Barba, entre muitos outros nomes essenciais do teatro mundial, sem nos esquecermos de Sábato Magaldi, a quem Fernando dedica este livro.
Renato Cunha
editor