[Coleção Osman Lins, n. 3]
Osman Lins autografando, em Ribeirão Preto/SP, seu primeiro livro, o romance O visitante, de 1955, lançado em segunda edição pela editora Martins (1971). Fundação Casa de Rui Barbosa, Arquivo Osman Lins. © Espólio de Osman Lins.
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AS ORGANIZADORAS
 
Elizabeth Hazin
Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo.
Professora colaboradora associada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília.
Líder do grupo de pesquisa Estudos Osmanianos: arquivo, obra, campo literário.
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
 
Francismar Ramírez Barreto
Doutora em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade de Brasília.
Membro do grupo de pesquisa Estudos Osmanianos: arquivo, obra, campo literário.
 
Maria Aracy Bonfim
Doutora em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade de Brasília.
Professora de Literatura Inglesa na Universidade Federal do Maranhão.
Membro do grupo de pesquisa Estudos Osmanianos: arquivo, obra, campo literário.
ORELHA
 
Após Palindromia e Quem sou?, a Siglaviva apresenta o terceiro volume da coleção Osman Lins, Números e nomes, que traz nove ensaios de estudiosos do autor sobre as narrativas de Nove, novena, um para cada uma delas, e outro de abertura revendo a importância desse livro no contexto de sua obra.
 
Do mesmo prolífico Pernambuco de Osman, o crítico João Alexandre Barbosa, em introdução à primeira edição de Nove, novena, em 1966, intitulada “Nove, novena novidade”, dirá que, a partir daí, a causa dessa importância, ou dessa novidade — “a elaboração de uma linguagem capaz de fisgar, em diferentes planos, partículas significativas da existência humana” —, cristaliza-se como característica fundamental da literatura osmaniana.
 
E essa linguagem é também “o júbilo de escrever”, subtítulo de Números e nomes, extraído da narrativa “Um ponto no círculo”, da voz de uma personagem-narradora geométrica, representada por um delta invertido: “Numerosos insetos, aves, peixes, plantas e quadrúpedes, há cinco mil anos, povoavam o Nilo e suas margens. A escrita que os recolheu e os transmudou, prendendo-os em exigentes limites, contrários à sua índole mutável, não pretendia que voassem, ou nadassem, ou cantassem, ou dessem flores na pedra ou nos papiros. Apenas, despojando-os do que era acessório, reduziu-os a luminosas sínteses. Este era seu objetivo. Se conheciam, os egípcios, o júbilo de escrever, é que haviam encontrado — raro evento — o equilíbrio entre a vida e o rigor, entre a desordem e a geometria”.
 
Eis uma amostra do rico terreno simbólico e filosófico que os pesquisadores de Números e nomes se propuseram a escavar, colaborando para a formação, cada vez mais robusta, de uma espécie de arqueologia dos sentidos da escrita de Osman, trabalho com o qual seus antigos e futuros leitores poderão contar para melhor dialogar com a inventividade inumerável e inominável brotada vitoriosamente das terras de Santo Antão.
 
Renato Cunha
editor
preço
R$ 45,00
 
assunto
crítica literária
 
capa
Renato Cunha
 
páginas
256
 
formato
16 x 23 cm
 
acabamento
brochura
 
lançamento
08/06/2017
 
isbn
978-85-66342-24-6
ELIZABETH HAZIN, FRANCISMAR RAMÍREZ BARRETO e MARIA ARACY BONFIM (orgs.)
NÚMEROS E NOMES