A AUTORA
Elizabeth Hazin nasceu no Recife, em 1951. É autora de Poesias (1974), Verso e reverso (1980), Casa de vidro (1982), Espelho meu (1985), Martu (1987) — livro vencedor do Prêmio Rio de Literatura de 1986 —, O arqueiro e a lua (1994), Lêgo & Davinovich (2006), com Davino Sena, e dos infantis Arco-íris (1983) e Mágica de carrossel (2014). Tem poemas publicados em diversas antologias e revistas nacionais e estrangeiras. Participou, em 1993, do Festival Internacional de Poesia, em Copenhague, representando o Brasil, ao lado de José Paulo Paes, Sebastião Uchoa Leite e Haroldo de Campos.
ORELHA
A poeta pernambucana Elizabeth Hazin, em Quadrívio, reúne quatro livros: Teia, Espelho meu, Areal e Prometeu, fazendo com que quatro caminhos, paralelos em aparência, acabem por se cruzar entre tramas, reflexos, grãos, chamas.
Em Teia, tecidos vários são motes de imagens poéticas reveladoras da alma humana. Em Espelho meu — o único publicado, em 1985 —, um diálogo entre o eu poético e um espelho mágico problematiza a existência, o limite entre a vida e a morte, o que também se vê em Areal, só que no compasso da metaforização do tempo e personificação do amor. Em Prometeu, o mito da criação dos homens desenvolvido na Grécia antiga é brasa que alimenta o fogo da criação poética, um índice da metapoesia.
E o leitor perceberá que, nesses quatro livros de Elizabeth Hazin — que agora se tornam quadriviamente um —, há uma poesia vigorosa, expressiva, alinhada à de seus conterrâneos João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardozo e Sebastião Uchoa Leite.
Renato Cunha
editor