Heitor Humberto de Andrade (Wikipédia)
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O AUTOR
 
Heitor Humberto de Andrade é poeta e jornalista. Jornalista pela fome, poeta pela sede. Antes deste livro, publicou Corpos de concreto (1964), Sigla viva (1970), 3x1, a matemática do poema (1978) — que, além dos dois anteriores, traz o inédito Probabilidade do jogo —, Nas grades do tempo (1994) e Minha moldura é o Universo (2012). Mentor intelectual e espiritual desta editora, comandou, no final dos anos 60 e início dos 70, juntamente com o artista plástico Sami Mattar, o movimento cultural Sigla Viva, que promoveu a integração da sensibilidade humana com a artística.
UM PARÁGRAFO
 
O leitor vai encontrar neste livro a nova poesia de Heitor Humberto de Andrade, da virada do século aos dias atuais. Com uma concisão peculiar, autoral, Heitor tem subvertido, cada vez mais, a lógica estrutural do poema, se é que ela existe, ao nos mostrar fartamente que a palavra é o verso, e que ela, até mesmo, pode ser a estrofe. Somente na poesia de Heitor é possível duas vogais — uma conjunção e um artigo, por exemplo — residirem sozinhas num verso com extrema significação. Essa é a inestética de Heitor Humberto de Andrade, ou melhor, H2A, como há algum tempo tem preferido ser chamado. O título O cão selvagem veio a mim antes do livro, como num sussurro mediúnico, quando me deparei com o aforismo “Ser realizado é como ser cão amestrado”, escrito por ele em papel avulso e datado de 2002. Certa vez, Heitor me disse que nunca havia conseguido compreender nada em sala de aula; que quase todas as matérias lhe davam calafrios; e que, por isso, nunca almejou nada na vida escolar. De fato, Heitor jamais foi encarcerado em grades curriculares, muito menos amestrado pelo academicismo. Sua universidade é a poesia. Seu conhecimento veio (e vem) do mundo; da leitura voraz de livros, jornais e revistas; jornais e revistas, aliás, que, por muito tempo, foram seu sustento. Jornalista autodidata, Heitor tem transitado, desde os anos 1960, por veículos impressos e televisivos. Mas o que corre mesmo em suas veias — como um simples e, ao mesmo tempo, complexo ato fisiológico — é poesia. Uma poesia irrealizada, selvagem.
 
Renato Cunha
dezembro de 2013
preço
R$ 20,00
 
assunto
poesia
 
capa
Renato Cunha
 
páginas
72
 
formato
11,5 x 20 cm
 
acabamento
brochura
 
lançamento
12/12/2013
 
isbn
978-85-66342-04-8
HEITOR HUMBERTO DE ANDRADE
O CÃO SELVAGEM